Os atores que foram o Batman!
Todos os atores que foram o Cavaleiro das Trevas!
O Homem-Morcego é um dos personagens mais famosos de todos os tempos. Por isso, tanto no cinema quanto na televisão teve vários intérpretes.
Listamos aqui os vários atores que deram vida ao Paladino da Justiça!
Lewis G. Wilson – o primeiro (1943)

Lewis Gilbert Wilson nasceu no ano de 1920 em Massachusetts (EUA). Foi Batman/Bruce Wayne em 15 episódios do seriado Batman, que passou nos cinemas em 1943.
O principal inimigo do herói nos seriados era o Doutor Daka, um cientista japonês que pretendia a todo custo derrotar e eliminar Batman. Vale lembrar que o mundo estava em plena Segunda Guerra Mundial, e com os EUA em guerra com o Japão, pode-se entender a etnia do vilão.
Foi nesses seriados que foi introduzida a Batcaverna e alterada a aparência de Alfred, que até então não usava bigode e não era o mordomo elegante e esguio de hoje.
Uma curiosidade: Lewis é pai do co-produtor dos filmes de James Bond, Michael G. Wilson.
Robert Lowery – o Batman do pós-Guerra (1949)

Robert Lowery nasceu nos EUA em 1913, no estado do Missouri. Depois de Wilson, continuou a fazer os seriados de Batman para os cinemas, também fazendo 15 episódios.
Nesses seriados, o principal adversário é o vilão chamado Mago. Mas o herói também enfrenta gangsters e cientistas malucos (uma verdadeiro clichê dos quadrinhos e desenhos).
A curiosidade é que ele participou de um episódio do seriado de televisão “As Aventuras do Super-Homem”, com outro personagem.
Adam West – o Batman colorido da cultura pop (1966 – 1968)

Adam West nasceu em 1928, no estado de Washington (EUA). Depois de fazer até um comercial de achocolatado, foi escolhido para interpretar Batman no seriado que iria estrear em 1966 e lhe traria fama global.
Mas esse “Batman” não seria aquela versão “Cavaleiro das Trevas soturno”, com o qual estamos acostumados. Os produtores adotaram o que na cultura pop se chama de “camp”, que é uma estética que se baseia no exagerado, nas cores berrantes, na ironia, beirando o ridículo.
Pois daí nasceu um seriado que, através desse tom e da comédia, apresentou o personagem Batman a pessoas que talvez nunca tivessem lido uma história em quadrinhos.
O sucesso foi estrondoso, criando a chamada “Batmania”. Esse êxito pode ser explicado por vários fatores: desde a música tema até os episódios separados por um suspense onde o herói, junto com Robin, era preso a armadilhas, das quais parecia não ter saída; um maravilhoso Batmóvel; as onomatopeias que explodiam na tela a cada soco e golpe nos vilões. E por falar em vilões, eles eram interpretados por atores consagrados de Hollywood.
O sucesso da série era tamanho que muitos nomes famosos pediam para participar do show. Até o Papa declarou-se fã do ator.
Ainda em 1966 foi lançado nos cinemas o filme “Batman”, onde o herói enfrenta o Coringa, a Mulher-Gato, o Charada e o Pinguim todos juntos.
Mas acreditamos que esse sucesso não seria possível sem West. Ele soube como ninguém captar o espirito da série e da época. Em nenhum momento ele se levou a sério e entendeu o tom que devia adotar, a ponto de criar uma dança, o “batusi”, aquela que John Travolta realizou em “Pulp Fiction”.
Muitos fãs odeiam essa versão do personagem por não entenderem o deboche.
Mas sejamos justos: se buscarmos os quadrinhos da época, o tom não era muito diferente do encontrado na série. Afinal, era a chamada “Era de Prata” nos quadrinhos e tudo era exagerado e fantástico demais: Batman tinha um cão de estimação, “Ace”, que usava máscara e volta e meia conversa com o “Bat-Mirim”, um duende da Quinta Dimensão que era fã do Batman mas mais atrapalhava que ajudava o herói em sua missão. Logo faremos um artigo sobre a Era de Prata.
Depois do fim da série após 3 temporadas, West se viu ainda ligado ao personagem, dublando Batman em desenhos animados como “Superamigos” e “As aventuras de Batman e Robin”.
Por não se levar a sério (e isso conta pontos aqui conosco do Super Tribo), ele fez participações em séries animadas como “Os Simpsons”, “A Family Guy”, “Os Padrinhos Mágicos” e comédias como “The Big Bang Theory”.
Se quiser saber mais sobre o “Batman de Adam West”, veja nosso programa sobre ele aqui.
Faleceu em 2017, deixando um divertido legado. Grande Adam West.
Michael Keaton – o Batman atormentado e controverso (1989 – 1992 e 2023)

Michael Keaton nasceu em 1951 no estado da Pensilvânia (EUA). Sua escolha para o papel foi cercada de controvérsias na época.
No começo dos anos 80, vários produtores de Hollywood tinham a ideia de lançar um filme sobre Batman. Vários roteiros, inúmeras ideias, diretores e atores mencionados, mas nada saía do papel.
Até que em 1985 a Warner contratou Tim Burton, um diretor que simplesmente não entendia nada sobre super-heróis e tinha feito uma comédia de sucesso.
O diretor começou a esboçar um roteiro e adorou os quadrinhos “Batman – o Cavaleiro das Trevas”, de Frank Miller, lançado em 1986, e “A piada mortal”, de Alan Moore, de 1988. Ele resolveu adotar o tom dessas obras, abandonando o estilo “camp” da série de West.
O filme seria lançado em 1989, quando a DC comemoraria os 50 anos da criação do Batman. O estúdio não pouparia dinheiro em produção e divulgação. Burton então começou a pensar em atores para viver Bruce Wayne/Batman. Dizem as lendas que atores como Pierce Brosnan (o futuro 007), Alec Baldwin, Mel Gibson e até Bill Murray, de “Os Caça-Fantasmas”, foram sondados.
Mas Burton escolheu Michael Keaton, com quem já havia trabalhado em “Os Fantasmas se divertem”. Os fãs odiaram e protestaram.
Primeiro porque Keaton tinha feito sucesso em um papel cômico. Segundo, porque era baixo para o personagem (o ator tem 1,75 m enquanto o Homem-Morcego tem 1,88 m) e não tinha um físico adequado. Num mundo onde ainda não havia internet, a revolta dos fãs ocorreu via cartas, jornais e revistas especializadas.
Em resposta, Burton respondeu que Bruce Wayne poderia ser qualquer pessoa, até um homem baixinho. Isso enfureceu ainda mais os fãs. Quando viram as primeiras fotos do Batman com uma “armadura”, o que hoje é normal, houve mais chiadeira.
Porém, com os primeiros trailers, os ânimos se acalmaram, muito por conta do Coringa de Jack Nicholson e pelo tom sombrio de Gotham City.
Quando o filme estreou, o talento de Keaton dirimiu qualquer dúvida. Apesar de que realmente fisicamente seu Batman/Bruce Wayne nada ter ver com sua fonte nos quadrinhos, ele focou na personalidade do personagem, apresentando um herói atormentado, bem ao espírito dos anos 80 e do que se produzia na época nos quadrinhos.
“Batman” foi um sucesso monumental e não havia lugar no mundo onde o símbolo do Morcego não estava exposto.
Keaton voltaria em 1992 para o segundo filme, “Batman – O retorno”, que encerraria o período de Burton na direção dos filmes do herói. O ator também não assinou contrato para um terceiro filme.
No filme “The Flash”, de 2023, que trata de multiversos, Keaton retorna com Batman, no que seria uma homenagem ao seu passado como o Homem-Morcego.
De um início de rejeição, veio a redenção. Não são poucos os fãs que consideram o ator como o intérprete definitivo do Cavaleiro das Trevas.
Val Kilmer – o Batman preferido de Bob Kane (1995)

Val Kilmer nasceu na Califórnia (EUA) no ano de 1959. O ator já tinha uma carreira solidificada em Hollywood quando interpretou Batman em 1995.
Com as saídas de Tim Burton da direção (apesar de ter continuado como produtor) e de Michael Keaton, havia a necessidade de buscar um novo diretor e outro ator.
Para diretor e com aprovação de Burton foi escolhido Joel Schumacher, que havia feito o filme “O cliente”.
Vários atores foram cotados: desde nomes fortes na indústria como Keannu Reeves e Johnny Deep, passando pelo “oscarizado” e talentoso Daniel Day-Lewis até um desconhecido Dean Cain, na época um novato e que mais tarde faria o Superman nas “Aventuras de Lois e Clark”.
Mas o eleito foi Val Kilmer, que tinha feito “Top Gun – Ases Indomáveis”, “The Doors” e o faroeste “Tombstone” (aliás, foi esse filme, no qual interpretou o pistoleiro Doc Holiday, que fez Schumacher optar por ele).
Kilmer foi uma escolha bem aceita pelos fãs na época. Com ar de galã e com 1,82 m, poderia convencer como Bruce Wayne.
O filme “Batman Eternamente”, que também traria a estreia de Robin na franquia Batman, foi sucesso de público, apesar de ter recebido críticas mistas.
O ator teve sua atuação elogiada e foi escolhido por Bob Kane, um dos criadores do Batman, como o melhor Batman feito até então.
Mas o que ninguém sabia é que ocorreram vários atritos entre Kilmer e Schumacher, que também seria o diretor do filme seguinte. Ficou decidido que ele não continuaria na franquia.
Sorte do ator, porque o que viria a seguir seria uma catástrofe.
O estilo sombrio de Burton já tinha sido amenizado em “Batman Eternamente” e as cores berrantes já se fizeram presentes.
Mas no próximo, Schumacher vai pesar a mão. Daí…
George Clooney – o Batman que todos querem esquecer (1997 e 2023)

George Clooney nasceu em 1961, no estado do Kentucky (EUA). Considerado um dos atores mais influentes e premiados em Hollywood atualmente, Clooney era mundialmente famoso na década de 90 pelo seu papel como o Doutor Doug Ross, na série “Plantão Médico” (“E.R.” no original inglês).
Até então, o ator não havia feito grandes filmes no cinema e fazer o Batman seria uma excelente oportunidade. Logo, aceitou de imediato o convite e foi bem recebido pelos fãs. Com 1,80 m e um ar de conquistador, Clooney prometia no papel.
O grande problema foi a desastrosa abordagem de Joel Schumacher, a qual comentamos aqui.
Nem o carisma de Clooney salvou o filme, considerado uma das piores adaptações de super-heróis de todos os tempos.
Como você pode defender um filme em que o próprio ator pediu desculpas publicamente por ter feito?
Menos mal que o fracasso do filme não abalou a carreira do ator, que seguiu fazendo vários filmes de sucesso tanto como ator quanto como produtor.
No filme “The Flash”, Clooney aparece como Bruce Wayne de uma realidade alternativa. Essa aparição causou curiosidade nos fãs sobre o desfecho da trama, que pelo visto não haverá, já que o Universo DC terá um reboot nos cinemas.
Christian Bale – o Batman prestigiado (2005 – 2012)

Christian Bale nasceu no País de Gales, Reino Unido, em 1974. Considerado um ator versátil, o britânico estreou aos 13 anos em “O império do Sol”, filme dirigido por Steven Spielberg.
Atuou no filme “Sonho de uma noite de verão” em 1999, ao lado de um elenco estelar.
Sua versatilidade e talento foram comprovados em dois filmes, “Psicopata Americano” (2000) e “O operário” (2004).
Quando a Warner decidiu reiniciar a franquia dos filmes de Batman, vários atores foram cogitados: Jake Gyllenhaal, Josh Hartnett, Henry Cavill e Cillian Murphy (que acabou sendo o Espantalho no filme).
Mas segundo o diretor Christopher Nolan, Bale foi escolhido porque tinha a capacidade de transmitir a luz e as trevas contidas no personagem.
Com talento e um físico próximo ao do herói nos quadrinhos (1,83 m e toda uma preparação feita pelo ator), Bale empolgou os fãs.
“Batman Begins” estreou em 2005 e mostrava na história a origem do herói. Foi muito bem avaliado por crítica e público.
A abordagem de Bale, segundo o próprio ator, se apoiou nas três faces que o personagem deveria apresentar: Batman, o herói noturno que os criminosos deviam temer; o Bruce Wayne que a sociedade teria que ver como um playboy fútil e inconsequente (para não levantar suspeitas de sua identidade) e o Bruce Wayne de fato, generoso e focado na missão, que só as pessoas mais próximas conhecem.
O ator, brilhantemente, conseguiu fazer o que se propôs.
Ele atuou como o herói em mais duas sequências, também dirigidas por Christopher Nolan: “Batman – O Cavaleiro das Trevas” e “Batman – o Cavaleiro das Trevas Ressurge”, ambos sucessos de público e crítica.
Nós, do Super Tribo, temos nossas restrições a abordagem do Batman feita por Nolan (veja aqui).
Mas não há como negar que Bale foi um ótimo Batman.
Ben Affleck – o Batman certo de um Universo errado (2016 – 2023)

Ben Affleck nasceu na Califórnia em 1972.
Foi escolhido pelo diretor Zach Snyder para ser o Batman/Bruce Wayne do universo compartilhado da DC.
Affleck não era um estranho no mundo de super-heróis pois já tinha sido o Demolidor, no filme do herói cego da Marvel, feito em 2003.
Quando foi convidado para o papel em 2016, já era um grande nome do cinema, tendo estrelado vários filmes de sucesso e ter vencido um Oscar de Melhor Filme (“Argo”), no qual era diretor.
Sua escalação para Batman foi um estrondo e movimentou os fãs na internet. Com 1,92 m e uma aparência semelhante ao personagem nos quadrinhos, muitos fãs vibraram enquanto outros olharam com desconfiança.
Devido ao prestígio do ator em Hollywood, a Warner lhe ofereceu a oportunidade de roteirizar e dirigir um filme solo do Homem-Morcego.
Ele estreou em “Batman vs Superman”, na história em que colocava o Homem-Morcego e o Homem de Aço juntos pela primeira vez no cinema.
Mas a recepção ao filme não foi a esperada, desacelerando a expansão do Universo DC.
Affleck ainda fez uma participação como Batman em “Esquadrão Suicida”, antes de finalmente fazer o Morcego em “Liga da Justiça”, o aguardado filme do supergrupo da DC.
Mas todos esses filmes não fizeram o sucesso esperado. Creditamos a recepção fria aos filmes da DC e a decepção pelo universo compartilhado muito por conta da abordagem equivocada do diretor Zack Snyder. Veja nossa opinião aqui.
Por conta disso, Affleck desistiu de dirigir o filme do herói.
O ator viria a fazer a uma participação derradeira como Batman no filme “The Flash”.
Infelizmente as confusões de bastidores e abordagens equivocadas de terceiros abreviaram o tempo do ator como o Cavaleiro das Trevas.
Mas para o Super Tribo, Affleck foi um excelente Batman.
Robert Pattinson – o Batman do universo alternativo (2022 – …)

Robert Pattinson nasceu em Londres, Reino Unido, no ano de 1986.
O ator já tinha fama mundial pela sua participação em “Harry Potter e o Cálice de Fogo” e por protagonizar a saga “Crepúsculo”.
Quando Ben Affleck desistiu de dirigir um filme solo do Batman, o diretor Matt Reeves foi escalado. Havia humores de que Affleck ainda seria o Homem-Morcego no filme, mas logo Reeves decidiu que iria escolher outro ator. Mesmo porque o Universo DC nos cinemas já dava sinais de que não prosseguiria.
Ao mesmo tempo, o diretor James Gunn foi anunciado como CEO da DC nos cinemas, prometendo um universo com novos atores.
Ficou decidido então que as histórias do Batman de Reeves seriam passadas em um universo alternativo.
“The Batman” estreou em 2022, trazendo um Batman em seus primeiros anos como herói de Gotham e enfrentando o Charada, representado como um terrorista da era digital.
A atuação de Pattinson foi elogiada e o filme teve boa recepção, apesar de que foi atrapalhado ainda por resquícios de um mundo pós-pandemia.
Duas sequências estão programadas com o ator.
Dois “Waynes” em idades diferentes
Iain Glenn – o Batman sábio e experiente (2019-2021)

Iain Glenn nasceu em Edimburgo, na Escócia, no ano de 1961.
O ator foi Bruce Wayne na série “Os Titãs”, que estreou em 2019. Ele já era conhecido mundialmente por sua participação em “Game of Thrones”, de imenso sucesso.
Na série, Wayne está distante de Robin/Asa Noturna e tenta restabelecer seus laços com seu filho adotivo.
Com sua experiência, o ator faz um Batman sábio e calejado por anos de combate ao crime.
David Mazouz – o jovem Bruce Wayne – (2014-2019)

David Mazouz nasceu na Califórnia, em 2001.
O ator foi o jovem Bruce Wayne na série “Gotham”, que foi ao ar de 2014 a 2019.
Iniciando a série criança, ele a termina como o personagem já pronto para iniciar a vida como o Vigilante de Gotham.
O jovem ator não compromete e fez boas atuações como Bruce Wayne.
Quem será o Batman do novo Universo DC? Fizemos já nossa escolha! Veja aqui.
