Especial Quarteto Fantástico – Parte 2 – as tentativas no cinema!

Especial Quarteto Fantástico – Parte 2 – as tentativas no cinema!

Filmes medianos e um fracasso marcaram as primeiras aparições da equipe no cinema

Continuando nosso especial sobre o Quarteto Fantástico, vamos falar sobre as tentativas de levar o grupo aos cinemas.

Em 1994, a Marvel concedeu a Roger Corman, diretor e produtor especialista em filmes de baixo orçamento (os chamados “filmes B”), os direitos para produzir um filme do Quarteto.

O resultado foi tão sofrível que a Marvel resolveu nem lançar o filme. Não temos nem como comentar, de tão ruim. E de tão malfeito que é, acabou virando um “cult”.

Se o Tribal quiser conferir, no Youtube existe a possibilidade de assistir essa bomba. Se você for com espírito de ver uma comédia, prepare-se.

O Tribal mais novo, acostumado com a potência da Marvel de hoje, pode estranhar esse fiasco. Mas o fato é que a editora não tinha muita experiência cinematográfica e nem tinha ainda um estúdio. A DC, sua concorrente, se dava melhor porque ela era propriedade dos estúdios Warner Bros..

Em 1996 a Marvel fazia parte de um grupo de mídia que entrou em processo de falência. Como tentativa de arrecadar fundos, a editora vendeu os direitos de alguns de seus personagens para estúdios de cinema.

O estúdio Universal adquiriu os direitos do Hulk, a Sony ficou com o Homem-Aranha enquanto a FOX ficou com os X-Men e o Quarteto Fantástico.

Em 2005, cinco anos após lançar “X-Men – O filme”, a Fox apresentou o “Quarteto Fantástico”.

O primeiro filme do Quarteto pela Fox: uma boa sessão da tarde

O elenco era formado por atores conhecidos de filmes e séries, mas que até então não eram grandes estrelas.

Reed Richards foi interpretado pelo britânico Ioan Gruffudd, que havia participado de “Rei Arthur” (2004) e “Falcão Negro em Perigo” (2002).

Jessica Alba, que fez “Sin City” (2005), deu vida a Sue Storm.

Michael Chiklis, escalado para ser Ben Grimm/O Coisa, era famoso pelo seriado “The Shield”.

Chris Evans, que seria futuramente nosso querido Capitão América, foi Johnny Storm, o Tocha Humana. Até então ele era conhecido pela comédia “Não é mais um besteirol americano” (2001) e pelo suspense “Celular”, de 2004.

Para viver o Doutor Destino foi escalado o ator Julian MacMahon, que fazia grande sucesso na série “Nip/Tuck”.

A atriz Kerry Washington ficou com o papel de Alicia Masters, interesse romântico de Ben Grimm.

A trama de origem foi leve, com um tom de sessão da tarde. No roteiro, entre as muitas diferenças em relação a origem da equipe nos quadrinhos está o fato de Victor Von Doom, o Doutor Destino, já fazer parte do grupo que vai ao espaço.

Mas tramas clássicas do grupo, como o tormento de Ben Grimm por sua transformação, as piadas do Tocha Humana com o Coisa, o romance de Reed e Sue, a rivalidade com Victor, estão presentes.

A repercussão do filme foi mediana: muita gente curtiu por ser um filme leve e despretensioso; outros criticaram por ser uma trama morna e esquecível, longe das histórias cheias de aventura e ficção científica do grupo.

O fato é que se passou longe de ser uma tragédia, também não empolgou os fãs a ponto de se tornar um clássico.

Dois anos depois seria lançado “Quarteto Fantástico e o Surfista Prateado”, com o mesmo diretor e elenco.

O Surfista Prateado foi feito com CGI, com captura de movimentos pelo ator Doug Jones, e com voz de Laurence Fishburne, o Morpheus de “Matrix”. O resultado com o herói foi muito bom.

O Surfista foi um dos pontos altos do filme

Apesar disso, podemos dizer que houve uma grande frustração por parte dos fãs.

A chegada do Surfista na Terra não só está entre as melhores histórias do Quarteto, como dos quadrinhos de maneira geral.

Desenvolvida por Stan Lee e Jack Kirby, além de apresentar o clássico personagem, introduz no Universo Marvel uma de suas maiores ameaças: Galactus, o Devorador de Mundos. É uma mistura de ação e ficção científica que tinha tudo para dar um filme espetacular.

A Saga de Galactus: uma obra prima dos quadrinhos

Por isso, devido a enorme expectativa, podemos dizer que o filme foi uma grande decepção. O roteiro não conseguiu nem de longe atingir o patamar da história original dos quadrinhos, ainda que fosse uma adaptação.

Um dos maiores desleixos foi com Galactus, que não passou de uma sombra na tela. Não se sabe ao certo se foi por descaso da Fox, preguiça do diretor ou uma má gestão de orçamento por parte da produção, mas o filme não deixou o público em geral empolgado nem os fãs mais ardorosos felizes.

Galactus virou uma sombra

Mas as coisas sempre podem piorar e o filme seguinte do Quarteto vai fazer os dois primeiros serem considerados verdadeiros clássicos do cinema.

O Quarteto Fantástico de 2015 é o último dos filmes da Fox com os personagens antes de ficarem com a Marvel.

Não há o que dizer aqui. Foi uma verdadeira aula de como não se deve fazer um filme. Uma pena para o elenco, que foi formado por bons atores.

Miles Teller (“Divergente”) foi Reed Richards.

Kate Mara (“O Segredo de Brokeback Mountain”) foi escalada para ser Sue Storm.

Michael B. Jordan (“Creed”), que viria a ser o Killmonger em “Pantera Negra”, foi o Tocha Humana.

Jamie Bell (“King Kong”) foi Ben Grimm, o Coisa.

O filme foi baseado na versão “Ultimate” do Quarteto nos quadrinhos, quando a Marvel reinventou seus personagens com novas origens, criando assim um novo universo.

Versão Ultimate do Quarteto: mais jovens que a versão clássica

Nessa versão, Reed é um jovem gênio que está trabalhando num transportador de matéria, que pode levar a outras dimensões. Ele chama a atenção por sua inteligência e logo é recrutado pela Fundação Baxter, que recebe verba governamental para encontrar jovens prodígios.

Sue Storm e o irmão Johnny, que trabalham com o pai na Fundação, também vão ingressar no experimento com o transportador, junto com Ben Grimm, amigo de Reed. Assim como nos quadrinhos “Ultimate”, Victor Von Doom também está no grupo.

Mas algo dá errado na experiência e eles ganham seus famosos poderes. Transcorrido um tempo, os dois inimigos, Reed e Victor, irão se enfrentar, já que o último tenta destruir o planeta.

Talvez pelo fato de ter passado por várias refilmagens, a história, a fotografia, a direção, o roteiro, os efeitos, tudo é feito de uma maneira ruim e inexplicável. Na nossa opinião, está entre os piores filmes de super-heróis de todos os tempos (ver aqui).

Mas cabe a você, Tribal, avaliar e tirar suas próprias conclusões. Pedimos isso para todo e qualquer filme que citarmos.

Porém, há esperança. Vem aí o filme do Quarteto Fantástico, agora com a Marvel.

Falaremos dele na terceira e última parte de nosso especial.

Czar

Salve, Tribais de todo o planeta, de todos os universos! Sou o Czar, conhecido também como César. Sou professor, pai da Mariana e amante de quadrinhos desde os 9 anos de idade. Amo a DC, amo a Marvel. Viajo pelo espaço com a Enterprise e com ela tento destruir a Estrela da Morte. Com meu chapéu fedora e meu chicote, ando a mil por hora no meu Aston Martin.