“X-Men – O Filme” – 24 anos depois!

“X-Men – O Filme” – 24 anos depois!

Analisamos os pontos positivos e negativos do filme que resgatou os heróis no cinema

Em julho deste ano “X-Men – O filme” comemora 24 anos do seu lançamento.

Na época esse filme foi um grande acontecimento para os fãs do mundo todo.

Primeiro porque os filmes de heróis estavam em baixa. A Warner, dona da DC, vinha de algum sucesso anos anos 90 com a franquia “Batman” até que o tenebroso “Batman & Robin”, de Joel Schumacher, fez um estrago tão grande que fez o estúdio (e toda da indústria) dar uma pausa nos filmes de heróis.

Bastava a menção do termo “super-herói” para que os executivos de Hollywood trancassem os cofres. Os fãs então ficavam na expectativa de quando finalmente veriam um filme de heróis que fosse bom e ao mesmo tempo fiel aos personagens. Todos estávamos “carentes”.

Segundo, porque durante toda a década de 90 quando se falava em Marvel, não tinha para ninguém: os X-Men reinavam absolutos. Eram os personagens que mais vendiam, os mais populares entre os fãs e tinham um desenho animado de sucesso no mundo todo.

Mas mal sabiam os fãs que o filme foi resultado de toda uma série de acontecimentos que evitaram que a Marvel fechasse as portas.

Em 1996 a editora Marvel entrou em um processo de falência e vendeu seus os direitos de alguns de seus personagens para três estúdios: os X-Men e o Quarteto Fantástico ficaram com a Fox, o Homem-Aranha com a Sony e o Hulk com a Universal.

Por causa da popularidade, a Fox investiu nos X-Men e foi um sucesso. Mas vamos analisar friamente as virtudes e defeitos de “X-Men – O filme”.

As coisas boas

O elenco

O elenco do filme é muito bom. Reuniu experientes e grandes atores – Patrick Stewart (Professor Charles Xavier) e Ian McKellen (Magneto) -, rostos já conhecidos de outros filmes, como Famke Janssen (Jean Grey), que já tinha sido vilã de 007, e bons atores como Halle Berry (Tempestade), Anna Paquin (Vampira), James Marsden (Ciclope) e o até então desconhecido Hugh Jackman (Wolverine), que caiu nas graças do público.

A ambientação

A ambientação do filme foi fantástica, tanto os cenários quanto os figurinos.

Os cenários (a mansão, a sala do Cérebro, a prisão de Magneto) são ótimos.

A sobriedade dos figurinos dos heróis (tanto em trajes de combate quanto em roupas normais) tinha um objetivo na época: passar a ideia de que os X-Men não eram super-heróis no sentido clássico da palavra, mas pessoas com dons que em dado momento entravam em combate para se proteger e também aos seus.

Daí a ausência de colorido que gerou a famosa piada entre Ciclope e Wolverine (abaixo), que foi revertida de forma maravilhosa em “X-Men’97. 7

Hoje sabemos que o colorido não atrapalha em nada, mas na época funcionou.

Coisas ruins

Wolverine e seus amigos

O estúdio foi esperto e apostou, como se diz no vôlei, na “bola de segurança”. Wolverine é o X-Man mais popular. Fato.

Sendo assim, toda a história girou em torno dele e de como entrou na equipe. Esse foco no mutante canadense “esvaziou” os outros personagens, como Tempestade e Vampira. Mas quem sofreu mesmo foi Ciclope, o líder da equipe e um dos mais importantes heróis da Marvel, que foi totalmente descaracterizado.

Os fãs sabem que os X-Men são uma equipe com grandes personagens e grande parte das suas histórias giram em torno de suas personalidades e relacionamentos. Com o foco no Carcaju, os outros mutantes são meros coadjuvantes.

Ou seja, o roteiro errou rude.

Personagens mal desenvolvidos

Como o foco foi em Wolverine, outros personagens sofreram, como já dito. Mas a real é que eles foram totalmente descaracterizados.

Ciclope ficou apagado, inseguro e sério demais, sem demonstrar a liderança e preocupação com a equipe.

Tempestade nem parecia a Deusa Africana que comanda os elementos. Ficou com poucas falas e nem de longe mostra a extensão de seus poderes.

Vampira virou uma menina frágil que fica assustada o filme todo. Ainda que ela, na história, tenha acabado de descobrir os seus indesejados poderes, e que isso justifique sua aflição, ainda assim não mostra nem um pouco da personalidade da mutante sulista.

Os efeitos especiais

Com um orçamento considerado modesto (para os padrões de hoje) e ainda sendo tratado como uma aposta, o estúdio não investiu muita grana nos efeitos especiais. E isso num filme com mutantes superpoderosos é um pecado mortal.

Por isso, os raios ópticos de Ciclope, os raios da Tempestade, os poderes de Magneto são decepcionantes, todos meia boca.

Porém, o que importa é que na época, tudo foi muito legal e “X-Men – O Filme” se tornou um ponto de partida para a grande explosão de heróis que viria nas décadas seguintes.

Czar

Salve, Tribais de todo o planeta, de todos os universos! Sou o Czar, conhecido também como César. Sou professor, pai da Mariana e amante de quadrinhos desde os 9 anos de idade. Amo a DC, amo a Marvel. Viajo pelo espaço com a Enterprise e com ela tento destruir a Estrela da Morte. Com meu chapéu fedora e meu chicote, ando a mil por hora no meu Aston Martin.